Caminho
pelo asfalto úmido de uma São Paulo submersa, a luz amarelada do poste faz
contraste com as ondas que as gotas que caem dos fios, provocam em uma poça.
Do
meu lado direito a igreja escura de janelas claras e vitrais coloridos se
mostra imponente. A estética de uma cultura banhada no fogo.
O
vento gelado corta meu rosto e infla em balão a toca do meu casaco. Só sei dançar com você, isso é o que o amor
faz. Meu fone enterrado nos tímpanos.
Jeans
rasgado, e agora molhado, aperta a minha pele. Caminho com passos largos e
explodo poças quando possível. Noite fria de inverno.
Marcadores: Chuva, Crônica, São Paulo