Dentro da minhoca de metal você vê a vida passar e nem se percebe ao mexer, nessa rotina aturdida de todos os dias, nem ouve o som do tilintar dos trilhos.
Sentado diante da janela dos olhos da minhoca, você vê a paisagem se distorcer num ZOOM. As imagens se formam e se dilatam enquanto os olhos piscam. A velocidade nunca cessa.
E nesse ritmo a cada manhã a minhoca come para depois regurgitar cada um de nós, aqueles que não deixam a cidade parar.