 |
Foto por Leco Vilela |
Existe alguma coisa em São Paulo que me expõe de uma forma suave, mostra minha história e cada história de sua longa vida.
Existe algo nesse ar, nesse vento. Talvez seja o dióxido de carbono misturado com o ozônio do fim da tarde, ou talvez seja só a minha pele que o vento toca diferente.
Imagina que cada janela acesa durante a noite tem sua história, seu conto, sua crônica. Eu imagino, e nesse exato momento uma mulher está fumando um cigarro, repousada na janela de um apartamento no centro.
São Paulo é terra de santo, mas com seu inferno particular, talvez seja essa a dicotomia que me agrade tanto, ou talvez seja só o vento que a minha pele insiste em sentir diferente.